A necessidade de empatia em um mundo tecnológico



















Vivemos em um mundo tecnológico! Um mundo que nos fornece acesso a novas tecnologias que nos conecta e fornecem mais praticidade ao nosso dia-a-dia. Vimos, nos últimos 20 anos, nosso cotidiano ser invadido por computadores, notebooks, videogames, smart TV's, internet, smartphones, enfim, por um sem número de novas tecnologias que alteraram completamente a forma como vivemos. Quem se lembra da dificuldade que era realizar uma ligação para casa quando estávamos na estrada? Pois é, agora podemos não só ligar, mas ver quem está do outro lado e controlar diversos equipamentos à distância.

Toda essa tecnologia, sem dúvida, oferece um avanço ímpar para a realização das tarefas. Não existe mais dificuldade de imprimir um documento, podemos utilizar diversas mídias para preparar uma aula ou palestra agradável e envolvente, conseguimos documentos diversos por meio dos serviços de internet, sem contar toda a informação disponível hoje, o que, no passado, era inconcebível. E as pessoas? Não existe mais distância! Estamos todos conectados por meio dos muitos aplicativos existentes. Sabemos o que cada pessoa fez no final de semana, se está acontecendo algum problema, enfim, sem dúvida alguma, vivemos um milagre.

Tudo isso é verdade! Sou fã da tecnologia. Ganhamos alcance e informação imediata como nunca antes. Ao mesmo tempo, como qualquer revolução, temos que lidar com a nova dinâmica desse mundo conectado. Estamos deixando de lado algumas capacidades centrais à espécie humana e que, ao meu ver, fazem falta para termos uma evolução ainda mais significativa em nossas vidas. Por mais que estejamos conectados constantemente, estamos mais distantes uns dos outros. Muitas vezes, perdemos a noção da utilidade da tecnologia como ferramenta de ligação entre seres humanos e acabamos encantados pela tecnologia em si.

Nesse sentido, vejo a empatia e seu ensino como um movimento de resistência. Resistência à digitalização das relações. Digo isso pois a empatia demanda algumas competências que nos levam a colocar o ser humano como grande protagonista e a tecnologia como coadjuvante, apesar de sua relevância. Um exemplo é a necessidade de estar presente no momento e prestando atenção no outro para desenvolver a empatia. A tecnologia é tão atrativa que nos distrai, rapta a nossa atenção e acabamos não vivenciando o momento. Ficamos anestesiados e, quando percebemos, sequer lembramos de boa parte das experiências pelas quais passamos e das pessoas com as quais interagimos. Desenvolver a empatia te leva a prestar mais atenção ao que se está vivendo e aprender a lidar com as distrações. A convivência com pessoas amadas justifica e valoriza nossa vida, oferecendo um sentido que, muitas vezes, não conseguimos enxergar. Empatia é cura!

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