Arte e Empatia


Quando falamos em empatia, falamos em emoção, em sentimentos. E quando entramos nesse mundo, o das emoções, encaramos algumas dificuldades por não termos vivenciado uma alfabetização emocional durante nossa infância. Normalmente, temos dificuldade de identificarmos o que estamos sentindo e, ainda mais complicado, ter controle sobre essas emoções.

É nesse ponto que a arte mostra todo o seu poder. Como sabemos, as manifestações artísticas são chaves que despertam diferentes emoções. Seja uma música, um filme, uma peça de teatro, uma escultura ou qualquer outra obra de arte, sempre há uma reação emocional, positiva ou negativa. E esse poder de despertar emoções é uma peça importante no processo de autoconhecimento e da empatia.


Ao identificar as emoções que estamos vivenciando frente a uma manifestação artística, estamos exercitando nossa capacidade de perceber nosso estado mental e físico, associando as nossas emoções com as sensações físicas. Aos poucos, vamos percebendo os nossos gatilhos emocionais, isto é, as situações, pessoas ou objetos que provocam determinadas emoções, como a alegria, a tristeza, a raiva ou o medo.


Esse exercício vai formando uma memória emocional, extremamente útil para aprendermos a lidar com nossas emoções e entender as emoções de outras pessoas. O próprio conceito moderno de empatia está intimamente ligado à arte. O termo se referia ao sentimento do artista sendo transferido ao espectador pela obra de arte. Então, vamos sentir o poder das artes! Sem preconceitos, com menos julgamentos. Abertos à diversidade da vida!


(*) Pintura de Harmonia Rosales, pintora cubana que recriou obras de arte clássicas com mulheres negras como protagonistas.

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