Empatia e Cidadania Global


A evolução tecnológica que vivenciamos nos últimos trinta anos transformou praticamente todos os aspectos da vida. O mundo diminuiu de tamanho e temos acesso a um sem número de informações e pessoas, não levando em consideração os limites impostos por tempo e espaço. Esse amplo acesso a pessoas espalhadas ao redor do mundo fornece uma oportunidade única de conhecermos novos pontos de vista, novas maneiras de viver e de encarar a vida. Nunca tivemos uma oportunidade tão ampla de conhecer o diferente na história da humanidade.

Essa exposição ao diferente também trouxe muito medo. Muitas vezes sentimo-nos ameaçados por conceitos tão diferentes. É natural que haja uma reação contrária, uma busca por reforçar suas próprias crenças e combater aquilo que não se conhece bem. E este parece ser o grande desafio para construirmos uma cidadania global, na qual possamos dialogar e aprender com o outro sem termos que abandonar nossas crenças.

Nas últimas décadas, vimos um grande movimento de aproximação  entre nações e a busca por uma cidadania mais plena. Porém, mesmo considerando nações com realidades próximas, as diferenças ainda causam muito transtorno e percebemos movimentos extremistas no sentido de alguns países isolarem-se dos demais a fim de defenderem um estilo de vida que aprenderam com seus pais. Acredito que só venceremos esses limites culturais que dificultam uma humanidade mais plena e menos violenta quando aprendermos a escutar atentamente o outro, prestar atenção a suas vivências e às muitas lições que podemos aprender.


Por isso a empatia tem se tornado uma competência tão citada e estudada. Pois desenvolver a capacidade de prestar atenção ao outro e tentar compreender sua realidade externa e interna, sem agressões ou preconceitos, parece ser o único caminho para realizarmos a visão de um mundo melhor, visão esta compartilhada por todos os grandes mestres da humanidade. Obviamente, os desafios são enormes! Existem muitos interesses em manter as coisas como estão. Muitos interesses em que não escutemos o outro e o vejamos como inimigo. Mas se as grandes misérias da humanidade realmente nos tocam, se desejamos profundamente um mundo melhor, não podemos fugir desse compromisso por uma humanidade superior, construída a partir das experiências de todos nós.

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