Amor não tem time!



Essa semana assisti uma linda reportagem no Globo Esporte. Pai e filho, os dois Eduardos, torciam para times diferentes, o pai é palmeirense e o filho é corintiano, mas quando o filho soube que o pai estava com câncer, decidiu torcer para o Palmeiras junto com ele, a fim de aproveitar os muitos momentos juntos no estádio. Ao final da reportagem, o apresentador Ivan Moré, visivelmente emocionado pela morte recente do seu pai, deu um lindo depoimento sobre como torcer para o mesmo time criou momentos maravilhosos e inesquecíveis entre os dois.

Sabemos que o esporte tem sido utilizado, há milênios, como forma de distrair as massas e desviar a atenção de assuntos fundamentais, como a justiça social, a corrupção, a falta de infraestrutura mínima para tantos, enfim, muitos dos flagelos que ainda hoje vivenciamos. Esse é o famoso pão e circo! Junto a essa utilização tão mesquinha do esporte, temos o desvirtuamento das suas finalidades pelas cifras astronômicas que são negociadas. Esses valores atraem gente de caráter duvidoso e com valores que nada tem em comum com os valores que o esporte deveria disseminar. 

Apesar desse panorama, nada positivo, do esporte profissional, a reportagem trouxe uma mensagem maravilhosa. Quando diferenciamos o valor de uma pessoas do valor de um jogo, quando percebemos que os momentos vivenciados com nossa família, com nossos amigos ou mesmo com estranhos são muito mais importantes do que qualquer camisa, seja de um time ou de uma seleção, nesse momento realizamos o verdadeiro potencial do esporte: congregar, unir, servir de sustentação para momentos difíceis, produzir memórias únicas, criar pontes.

Nada é mais importante nessa vida! Essas pontes produzem a felicidade, o sentimento de pertencer a algo, independente de quem somos. Temos que controlar nossa natureza competitiva e transformá-la em força para vencer a nós mesmos e não para destruir o outro. Não é negar nosso lado tão animal, é utilizá-lo para superar limites pessoais e sociais. Que bom será quando todos pudermos congregar sem medos, brincar com os rivais sem precisar agredir. Eu sou rubro-negro, meu filho é vascaíno. Vou levá-lo para assistir o Vasco jogar e torcerei para que vença. Nada importa mais do que a felicidade de quem amamos!

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